A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, acusou o presidente Nicolás Maduro de ter realizado um golpe de Estado ao assumir um terceiro mandato nesta sexta-feira, 10 de janeiro, sem comprovar a vitória nas eleições de julho de 2024. Machado, que já havia defendido a vitória de outro candidato com base em dados das urnas, criticou a aliança de Maduro com regimes autoritários para se manter no poder. Segundo ela, o presidente violou a Constituição ao se manter no cargo de forma ilegítima.
A declaração de Machado aconteceu após sua breve detenção na quinta-feira, 9, quando foi abordada de forma violenta por agentes da Polícia Nacional Bolivariana enquanto deixava uma manifestação em Caracas. Ela relatou que os policiais a retiraram de sua moto e houve disparos durante a abordagem, com um membro de sua equipe ficando ferido. Após a pressão internacional, Machado foi liberada, e ela acredita que a repercussão de sua detenção forçou o governo a reconhecer o erro.
Por fim, a oposicionista fez um apelo à população venezuelana, pedindo que continuassem a se manifestar contra o governo de Maduro. Ela afirmou que a pressão sobre o regime aumentará e que a liberdade para o país está próxima. Segundo Machado, a Venezuela não aceitará ser governada à força por um governo que não possui legitimidade.