María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, acusou Nicolás Maduro de consolidar um golpe de Estado após sua posse para o terceiro mandato consecutivo em 10 de janeiro de 2025. Em um pronunciamento nas redes sociais, a opositora afirmou que o regime de Maduro, com apoio de líderes de Cuba e Nicarágua, tem violado a Constituição e avançado com medidas autoritárias. Ela também comentou sobre o fechamento do espaço aéreo e o bloqueio de sua viagem à Venezuela por um opositor exilado, além de relatar um incidente em que teria sido interceptada por forças de segurança.
Machado, que venceu as primárias da oposição com ampla maioria, não pôde concorrer à presidência devido a uma decisão judicial favorável ao governo, que também proclamou a vitória de Maduro nas eleições, sem apresentar dados que comprovassem os resultados. Em seu discurso, a líder oposicionista destacou a coragem dos venezuelanos que continuam a protestar contra a repressão, apesar das dificuldades e das violações de direitos humanos no país.
Maduro, em seu discurso de posse, zombou de um líder opositor exilado e fez promessas de reforma constitucional, apresentadas como um modelo de desenvolvimento para a Venezuela. No entanto, especialistas alertam que essas reformas podem, na prática, restringir ainda mais as liberdades e fortalecer o controle do governo. Nos dias anteriores à cerimônia, houve um aumento no número de prisões políticas, com organizações de direitos humanos registrando mais de 40 detenções.