O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) determinou, na noite de quinta-feira (30.jan.2024), a cassação do mandato da deputada federal Carla Zambelli, por 5 votos a 2, alegando abuso de poder político relacionado à disseminação de desinformação eleitoral em 2022. A decisão deixa Zambelli inelegível por oito anos, mas não tem efeito imediato, pois ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A deputada obteve 946.244 votos em São Paulo, e seus aliados acusam a justiça eleitoral de desconsiderar a vontade popular, afirmando que quase um milhão de votos podem ser anulados.
Diversos membros da oposição, incluindo políticos e aliados, reagiram fortemente à decisão, caracterizando-a como uma forma de perseguição política. O deputado Eduardo Bolsonaro e outros colegas de partido criticaram a cassação, argumentando que a medida agrava a polarização e prejudica o direito do povo de escolher seus representantes. A deputada Bia Kicis também se manifestou, questionando a validade de decisões judiciais que não se baseiam em normas claras e que, segundo ela, atacam diretamente a direita política.
Outros parlamentares e figuras públicas se uniram à oposição, condenando a cassação e destacando que a democracia brasileira está sendo ameaçada. Alegaram que a decisão do TRE-SP é uma tentativa de silenciar a direita, ignorando o respaldo popular que Zambelli obteve nas urnas. A reação enfática da oposição reflete um ambiente tenso, com críticas sobre a interferência da justiça nas escolhas dos eleitores e o temor de um possível enfraquecimento da liberdade política no país.