A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a Selic em 1 ponto percentual, passando de 12,25% para 13,25% ao ano, gerou reações entre políticos de oposição e governistas. O aumento foi aprovado por unanimidade, com apoio de membros indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que formaram a maioria no colegiado. A medida gerou críticas por parte de aliados do governo, que questionaram a necessidade de um ajuste de juros, especialmente em um cenário onde as decisões de política monetária anteriores já haviam sinalizado essa possibilidade.
Em resposta, políticos da oposição, como os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Damares Alves (Republicanos), e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), ironizaram a postura dos governistas. Zambelli, por exemplo, respondeu a uma publicação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmando que o aumento da taxa já era esperado devido a decisões anteriores da direção do Banco Central. O ex-presidente do BC, Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro, também foi alvo de críticas durante 2023 e 2024, com aliados de Lula acusando-o de falta de autonomia nas decisões de política monetária.
A alta da Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira, impacta diretamente o custo do crédito e os investimentos no país. O aumento de 1 ponto percentual foi amplamente antecipado por analistas do mercado financeiro, que viam essa medida como necessária para controlar a inflação. A reação mista entre a oposição e o governo reflete as divergências políticas sobre a condução da economia, com um olhar atento à trajetória da Selic e seus efeitos nos próximos meses.