A oposição ao governo federal criticou a cerimônia realizada em memória aos dois anos dos ataques de 8 de janeiro, acusando o presidente de usar o evento como palanque político. Parlamentares, como o senador Flávio Bolsonaro, afirmaram que a ocasião foi uma homenagem a um ato de violência, enquanto outros, como o deputado Rodrigo Valadares, descreveram a solenidade como um teatro, alegando que Lula tentava se vitimizar. Alguns opositores também questionaram a interferência do Supremo Tribunal Federal nas questões relacionadas ao evento e compararam os ataques de 2023 a outros episódios históricos de vandalismo que, segundo eles, foram minimizados.
Durante a cerimônia, o presidente enfatizou a defesa da democracia e a punição dos responsáveis pelos ataques, mencionando também as investigações sobre a tentativa de golpe de 2022. Lula fez elogios às Forças Armadas e ao ministro do STF Alexandre de Moraes, que tem liderado os processos relativos ao ocorrido. Ao lado disso, a promessa do governo de investir em um Museu da Democracia, para preservar a memória dos ataques e da democracia, também gerou críticas por parte da oposição, que considerou o projeto uma forma de perpetuar certas narrativas políticas.
O projeto do museu, anunciado no início de 2024, que teria um investimento de R$ 40 milhões, foi questionado por alguns parlamentares que consideraram seu foco excessivamente político. No entanto, conforme reportado por jornais, o governo reduziu os recursos destinados à construção e não fez novas previsões orçamentárias para o ano de 2025, o que levanta dúvidas sobre a concretização da proposta.