O mercado de ações brasileiro iniciou 2025 em um cenário de incertezas, mas especialistas veem isso como uma oportunidade para quem busca viver de renda passiva. Luiz Barsi Neto, sócio do escritório Barsi Investimentos, defende que os ativos que distribuem dividendos estão baratos e que, mesmo que a Bolsa continue desvalorizada por anos, o aumento na quantidade de ações proporciona mais rendimentos. Ele destaca setores como saneamento, energia, financeiro e seguros como fundamentais para quem busca uma carteira focada em dividendos, que historicamente oferecem rentabilidades entre 8,5% e 9,5% ao ano, sem contar a valorização dos papéis.
O ex-bancário André Bacci, que vive exclusivamente de dividendos de fundos imobiliários (FIIs), também participa dessa análise, apontando que os FIIs estão com preços baixos, o que é vantajoso para quem está comprando. Ele foca especialmente em fundos de papel, que investem em títulos imobiliários como CRIs e LCIs, com rentabilidade de IPCA + 13% ao ano. Bacci alerta, no entanto, que para quem está perto da aposentadoria, é mais indicado investir em FIIs de tijolo, que podem acompanhar melhor a inflação ao longo do tempo.
Durante o evento, também foi discutido o conceito de reinvestimento dos proventos como uma estratégia essencial para aumentar a rentabilidade ao longo do tempo, com a metáfora da “bola de neve” explicando como o retorno dos investimentos cresce à medida que o montante vai se acumulando. Por fim, Barsi Neto comentou críticas de seu pai aos FIIs, reconhecendo que, embora tenha havido um boom da classe de ativos no passado, muitas promessas de rentabilidade exorbitante não se concretizaram, o que gerou desconfiança no mercado.