O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, tem enfrentado dificuldades para impedir o transporte de passageiros por motocicletas na cidade, mesmo após adotar medidas judiciais e administrativas contra as operadoras de plataformas como 99 e Uber. A principal argumentação das empresas é que a Lei Municipal não pode se sobrepor à Lei Federal que autoriza esse tipo de transporte. Em resposta às críticas, a 99 tem promovido cupons de desconto e corridas gratuitas, buscando atrair mais usuários para a modalidade.
Recentemente, um teste de serviço realizado por um usuário revelou a preocupação dos motociclistas com a possibilidade de apreensão das motos durante o trajeto, mas também mostrou que a modalidade tem se mostrado viável financeiramente. Os motociclistas combinam o transporte de passageiros com entregas, garantindo uma fonte de renda alternativa. A média de ganhos por quilômetro percorrido é de aproximadamente R$ 1,00. A 99Moto, que já realizou mais de 200 mil viagens fora do centro expandido, tem observado uma crescente demanda, com destaque para a participação de mulheres e jovens entre 25 e 34 anos.
A 99Moto, conforme dados fornecidos pela operadora, tem sido particularmente popular em bairros da periferia da cidade, como Capão Redondo, Itaquera e Tucuruvi, com percursos médios de 6 quilômetros e duração média de 13 minutos. A prefeitura, por sua vez, continua firme em seu posicionamento, expressando preocupações sobre os riscos de acidentes em uma cidade com grande volume de motocicletas. Apesar disso, a resistência das operadoras e o crescente apoio dos usuários indicam que a demanda por esse tipo de serviço segue em expansão.