As autoridades da Coreia do Sul estão realizando uma operação para cumprir um mandado de prisão contra o presidente afastado, acusado de insurreição após decretar uma lei marcial. A operação, que teve início na madrugada de quarta-feira (15), está sendo dificultada por um grande grupo de apoiadores do ex-presidente, que formaram uma corrente humana em frente à sua residência. Desde o afastamento do líder, em dezembro de 2024, após a abertura de um processo de impeachment pelo Congresso, ele tem enfrentado uma crescente pressão política.
A investigação que levou ao mandado de prisão está focada nas ações do presidente no final do ano passado, quando decretou a lei marcial para limitar direitos civis, uma medida que acabou sendo revogada em poucas horas após a resistência do Congresso. O decreto visava, entre outras ações, o fechamento da Assembleia Nacional e foi justificado pelo então presidente como uma medida para proteger o país da ameaça comunista norte-coreana. Essa decisão gerou intensos conflitos com a oposição e deteriorou ainda mais sua já baixa popularidade.
Após tentativas frustradas de cumprir o mandado de prisão no início de janeiro, as autoridades conseguiram negociar o acesso à residência do ex-presidente com a segurança presidencial. No entanto, a operação ainda enfrenta obstáculos, com os manifestantes impedindo a ação policial. A Suprema Corte da Coreia do Sul está atualmente avaliando se o afastamento de Yoon deve se tornar permanente, enquanto o país segue sendo governado por um presidente interino.