A Polícia Civil de Goiás deflagrou, nesta terça-feira (28), a operação Obra Simulada, que investiga irregularidades em contratos da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) com uma empresa do Distrito Federal para obras em Goiás. O caso envolve suspeitas de pagamentos antecipados sem a devida execução das obras, além de indícios de superfaturamento. A investigação aponta que os pagamentos ocorreram mesmo com a realização parcial ou inexistente das obras contratadas, e que alguns locais chegaram a ser demolidos apenas para justificar a emissão de notas fiscais.
A operação resultou em 114 mandados, incluindo 15 de prisão temporária. Entre os envolvidos, destacam-se ex-diretores da Goinfra e outros membros da empresa contratada. A defesa de um dos presos, Thiago Bucker, alega que ele colaborou espontaneamente com as investigações e questiona a necessidade da prisão, afirmando que a medida é desproporcional. A defesa ainda reafirma sua confiança na inocência do acusado, com a promessa de apresentar provas que comprovem sua conduta correta.
O governo estadual, por meio da Goinfra, informou que as suspeitas de irregularidades foram levantadas internamente e prontamente comunicadas às autoridades. A gestão estadual reitera seu compromisso com a transparência e afirma que continuará colaborando com as investigações, com o objetivo de apurar os fatos e punir rigorosamente os responsáveis, caso as irregularidades sejam confirmadas. A investigação também analisa a adesão irregular de Goiás a uma ata de registro de preços do Exército, que foi questionada pela Advocacia Geral da União (AGU).