Uma operação conjunta entre a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do estado resultou na prisão de 16 pessoas envolvidas na fabricação e comercialização ilegal de anabolizantes. Os suspeitos, que operavam em diversos municípios da região Metropolitana do Rio e no Distrito Federal, foram identificados após investigações iniciadas em junho de 2023. As substâncias eram produzidas de forma caseira e sem nenhum controle sanitário, apresentando sérios riscos à saúde, com a inclusão de ingredientes como inseticidas em suas fórmulas.
Além da venda clandestina pela internet a preços abaixo do mercado, o esquema envolvia patrocínios a eventos de fisiculturismo e parcerias com influenciadores digitais, que promoviam os produtos em troca de valores mensais. A quadrilha movimentava aproximadamente R$ 80 milhões em contas bancárias de alguns de seus membros. As investigações começaram a partir de uma colaboração com os Correios, que detectaram grandes remessas de anabolizantes sendo enviadas para diversos estados do Brasil. Mais de duas mil substâncias foram apreendidas desde o início das investigações.
Os suspeitos enfrentam acusações por crimes como associação criminosa, falsificação, e adulteração de produtos terapêuticos. As prisões foram realizadas em várias regiões, incluindo Niterói, São Gonçalo, Maricá e em localidades do Distrito Federal. O chefe da organização foi encontrado em sua residência, que possuía placas de ameaça a invasores, destacando o clima de intimidação associado à operação.