Uma operação deflagrada nesta quarta-feira (8), batizada de Operação Narmer, investiga um esquema de sonegação fiscal envolvendo uma das maiores fabricantes de cigarros do Brasil. O grupo empresarial acumulou dívidas superiores a R$ 152 milhões, segundo autoridades do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos no Estado de São Paulo (CIRA-SP). Foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em cidades de São Paulo e Pernambuco, como São Paulo, Araras e Recife, além de outras localidades.
Durante a operação, diversas apreensões foram realizadas, incluindo cargas de cigarros, certificados de bens de luxo, como relógios Rolex, obras de arte e uma máquina de contar cédulas. A Justiça determinou o bloqueio imediato de bens móveis e imóveis, além de marcas e direitos creditórios pertencentes aos investigados. Além disso, foi identificada a participação de outras empresas no esquema, como uma gráfica responsável pela produção de caixas e selos de controle fiscal.
O CIRA-SP, formado por representantes da Secretaria da Fazenda, Ministério Público e Procuradoria Geral do Estado, lidera o combate a crimes tributários no estado, incluindo lavagem de dinheiro e fraude fiscal. Até o momento, os responsáveis pela empresa investigada não se pronunciaram. A operação segue em andamento, e o balanço final das apreensões ainda não foi divulgado pelas autoridades.