A Polícia Civil de Goiás deflagrou nesta terça-feira (28) a operação Obra Simulada, que investiga crimes relacionados a um contrato firmado entre a Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (Goinfra) e uma empresa privada. O contrato, no valor de R$ 27,8 milhões, abrangeu serviços de reforma e manutenção em 26 prédios públicos, mas foi modificado durante a execução para obras de construção predial, elevando os custos de forma indevida. Estima-se que pagamentos fraudulentos tenham gerado um prejuízo de R$ 10,4 milhões aos cofres públicos.
A investigação apura ainda o pagamento antecipado de valores, superfaturamento de obras e a realização de demolições sem justificativa, com a intenção de validar notas fiscais fraudulentas. A operação envolve 114 mandados, incluindo prisões temporárias e buscas e apreensões em Goiânia, Anápolis e no Distrito Federal. Entre os envolvidos, estão ex-membros da diretoria da Goinfra, fiscais e gestores do contrato, além de empresários.
A Polícia Civil iniciou a operação com base em relatórios técnicos e inspeções realizadas pela Secretaria Estadual de Infraestrutura, pela Controladoria Geral do Estado e pela Gerência Estratégica da Polícia Civil. As investigações indicam que os suspeitos poderão responder por crimes como corrupção ativa e passiva, associação criminosa, peculato e fraudes, entre outros.