A Operação Raio-X, realizada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, investigou um esquema criminoso que desviou recursos destinados à saúde pública em diversos municípios do estado de São Paulo e outros estados durante a pandemia de Covid-19. A investigação revelou que os envolvidos usaram Organizações Sociais (OSs) para superfaturar contratos e emitir notas fiscais falsas, desviando milhões de reais. Entre os acusados estão médicos, gestores públicos e outros envolvidos, que aproveitaram a situação da pandemia para cometer crimes financeiros, incluindo o desvio de verbas para serviços não executados.
A condenação em segunda instância dos investigados foi mantida, com penas que variam de 17 a 88 anos de prisão por organização criminosa, peculato e corrupção ativa. Além disso, os condenados devem indenizar o município de Penápolis (SP) em valores que somam cerca de R$ 4 milhões. O esquema envolvia o uso de empresas fictícias e a manipulação de contratos de serviços de saúde, gerando grandes lucros para os envolvidos, enquanto a população era prejudicada.
A operação levou à prisão de mais de 50 pessoas, incluindo autoridades públicas, e resultou na apreensão de bens e valores. A investigação destacou a corrupção sistêmica que aproveitou a urgência da pandemia para fraudar o sistema de saúde, comprometendo recursos essenciais. As sentenças agora confirmadas reforçam a necessidade de um combate rigoroso ao crime organizado, especialmente em períodos de crise.