O chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk, defendeu a necessidade de uma regulação mais eficaz do conteúdo online que possa causar danos à sociedade. Ele destacou que tais medidas não devem ser interpretadas como censura, mas sim como uma maneira de proteger os direitos humanos e a integridade das plataformas digitais. A posição da ONU surge em meio à decisão da Meta, empresa dona de plataformas como Facebook e Instagram, de encerrar seu programa de verificação de fatos nos Estados Unidos, uma ação que gerou críticas e levantou preocupações sobre o impacto na luta contra desinformação.
A International Fact-Checking Network (IFCN) refutou a justificativa da Meta, considerando-a uma explicação imprecisa e potencialmente prejudicial, especialmente para países mais vulneráveis. A IFCN alertou que a suspensão do programa pode enfraquecer o combate a conteúdos nocivos, como as fake news, que podem afetar negativamente a confiança pública. A Meta, por sua vez, argumentou que os verificadores de fatos estavam se tornando excessivamente politizados, o que teria comprometido a eficácia do processo de checagem.
Em resposta, a ONU reafirmou a importância de regular o conteúdo digital prejudicial, salientando que isso é necessário para prevenir consequências negativas para a sociedade. Enquanto isso, a Agence France-Presse (AFP) iniciou uma colaboração com o Facebook para desenvolver um programa de verificação de conteúdo que está sendo implementado em 26 idiomas, como parte de um esforço conjunto para enfrentar a disseminação de informações falsas e proteger os usuários online.