O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou previsões para janeiro, apontando que três das quatro regiões do Brasil terão Energia Natural Afluente (ENA) superior à média histórica. As regiões Sudeste/Centro-Oeste, Norte e Nordeste devem apresentar níveis de ENA respectivamente de 107%, 131% e 101% da média histórica, o que é um indicativo positivo para o abastecimento de energia nas hidrelétricas. Em contrapartida, o Sul do país ficará abaixo da média, com ENA estimada em apenas 73%. O Custo Marginal de Operação (CMO), indicador do valor para a produção de 1 MWh de energia, foi estabelecido em R$ 7,57 para todas as regiões do país.
A expansão da demanda de energia no Brasil é outra questão relevante para o setor elétrico. De acordo com estimativas da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), do ONS e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo anual de energia no país deverá crescer 3,3% a partir de 2025, alcançando uma média anual superior até 2029. A projeção para 2024 já indica um aumento de 5,3% em relação a 2023, com o Sistema Interligado Nacional (SIN) chegando a 79.899 MW médios até o final deste ano.
Além do crescimento esperado para o consumo de energia nos próximos anos, o governo brasileiro também projeta um aumento de 25% na demanda até 2034. Esse cenário exige atenção tanto à gestão das fontes de energia quanto à ampliação da infraestrutura de geração e transmissão, com um foco crescente na diversificação das fontes, incluindo a crescente adoção de energias renováveis.