O relatório anual da Human Rights Watch (HRW) destaca preocupações com a política ambiental do Brasil, especialmente em relação aos seus investimentos em combustíveis fósseis, contrastando com os esforços para proteger o meio ambiente. A ONG afirma que, apesar das medidas do governo brasileiro em 2024 para enfrentar enchentes e queimadas, o país continua a ser um dos maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo. A organização cobra que o Brasil, como sede da COP 30 em Belém, atue como líder global no combate às mudanças climáticas, adotando uma transição justa e gradual para fontes de energia renováveis e ampliando a proteção das florestas e dos povos indígenas.
O relatório também menciona o impacto da eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, que, segundo a HRW, torna ainda mais urgente a liderança do Brasil nas questões ambientais e de direitos humanos. A organização reforça a necessidade de o país interromper a pesquisa e o uso de fontes de energia não renováveis, propondo um caminho para mitigar os danos climáticos e proteger as populações mais vulneráveis. A ONG sugere que o Brasil deve usar sua posição na COP 30 para inspirar outras nações a adotar práticas mais responsáveis e sustentáveis.
Além das questões ambientais, o relatório da HRW aborda outros temas relevantes no Brasil, como abusos policiais, segurança pública, democracia e liberdade de expressão. No entanto, o foco principal é a sustentabilidade e as políticas climáticas do governo. A ONG destaca a redução do desmatamento em 31% entre 2023 e 2024, embora ainda aponte contradições nas políticas ambientais do país. A publicação também observa iniciativas como o desenvolvimento de sistemas de rastreabilidade do gado, voltados a atender exigências internacionais e combater o desmatamento ilegal, especialmente no setor agropecuário.