A Human Rights Watch expressou preocupações sobre as políticas ambientais do governo Lula, em especial no que diz respeito ao aumento dos investimentos em combustíveis fósseis no Brasil. A organização criticou a intenção de explorar petróleo na bacia Foz do Amazonas, alertando que o país deveria adotar um papel de liderança na COP30, com compromissos claros para reduzir o uso de energia fóssil e preservar as florestas. Apesar dos avanços na redução do desmatamento na Amazônia, o governo mantém planos de ampliar a exploração de petróleo e gás, o que pode agravar ainda mais a crise climática, segundo a ONG.
O diretor da Human Rights Watch no Brasil, César Muñoz, destacou que, embora o desmatamento tenha diminuído, o foco em petróleo e gás pode comprometer os esforços de mitigação das mudanças climáticas. Além disso, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou que o Ibama autorizaria a exploração de petróleo na região, uma ação considerada prioritária pela Petrobras. A ONG pediu ao governo que inicie um processo de eliminação gradual dos combustíveis fósseis e proteja melhor as florestas e as comunidades que delas dependem, especialmente diante das crescentes ameaças de eventos climáticos extremos, como as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024.
O relatório da Human Rights Watch também abordou questões relacionadas aos direitos humanos, incluindo a violência policial e a proteção de povos indígenas e defensores ambientais. A organização enfatizou a importância da participação ativa da sociedade civil na COP30, assim como a necessidade de garantir recursos adequados para essa inclusão. A ONG também criticou a postura do governo dos Estados Unidos em relação ao conflito entre Israel e Gaza, destacando que a defesa dos direitos humanos é essencial para o progresso global.