Na noite de quarta-feira (15), a cidade de Porto Velho enfrentou mais um episódio de violência, com quatorze pessoas baleadas, das quais seis faleceram. As vítimas eram em sua maioria pedestres e transeuntes da zona Leste da capital. Segundo testemunhas, os disparos foram feitos por suspeitos em um carro branco, e entre os feridos, um idoso de 83 anos sofreu ferimentos leves. Um dos mortos foi identificado como um pedreiro, que, de acordo com sua família, nunca teve envolvimento com atividades criminosas.
Os ataques fazem parte de uma onda de violência que já dura três dias, relacionada a confrontos entre facções criminosas e a polícia. Esse ciclo de violência teve início com operações policiais em áreas dominadas por grupos criminosos, como o residencial Orgulho do Madeira. As operações, realizadas na segunda-feira (13), visaram combater o tráfico de drogas e outras atividades ilícitas, mas também geraram tensão e denúncias sobre abusos de autoridade por parte da polícia.
A resposta dos moradores da região tem sido de medo e insatisfação com a crescente insegurança e as abordagens policiais. O subcomandante da Polícia Militar, Glauber Souto, defendeu a legalidade das ações da PM, afirmando que a população pode registrar qualquer denúncia por meio de canais oficiais. Enquanto isso, a situação continua a se agravar, com a destruição de ônibus e veículos, além do aumento das tensões entre facções criminosas e as forças de segurança pública.