A onça-pintada chamada Araguaia, com 112 kg, foi capturada na região de nascentes do Rio Araguaia, em Mineiros, Goiás, para ser monitorada por pesquisadores do Instituto Onça Pintada (IOP). Considerada o maior felino das Américas, a onça recebeu seu nome em homenagem ao local de captura. Com a instalação de um colar de GPS, os pesquisadores poderão acompanhar seus movimentos e comportamentos, além de estudar a biodiversidade ao redor do animal. O monitoramento visa entender melhor a espécie e contribuir para sua preservação, já que estimativas apontam que cerca de 5.000 onças-pintadas habitam a região entre o Cerrado e a Amazônia.
O estudo é parte de um trabalho contínuo que já dura dez anos e visa proteger o corredor ecológico da onça, uma faixa de vegetação que conecta o Cerrado à Amazônia, ao longo do Rio Araguaia. Essa área ecológica é crucial para a sobrevivência e a migração das onças, pois permite a interação entre populações de diferentes regiões. A pesquisa também destaca a importância dos corredores ecológicos, que garantem a segurança e o bem-estar dos animais enquanto transitam entre diferentes ecossistemas.
Considerada um predador de topo, a onça-pintada é essencial para o equilíbrio dos ecossistemas nos quais vive, controlando populações de presas e garantindo a saúde das áreas naturais. O Brasil, com uma grande parte do habitat da espécie, é fundamental para a sua conservação. Além disso, o dia 29 de novembro foi instituído como o Dia da Onça-Pintada, com o objetivo de aumentar a conscientização global sobre a importância ecológica dessa espécie ameaçada de extinção. O Instituto Onça-Pintada segue com seu trabalho de preservação e monitoramento das onças em áreas tanto de cativeiro quanto na natureza.