O porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tarik Jašarević, comentou com pesar a decisão do governo dos Estados Unidos de se retirar da organização. Em uma coletiva de imprensa realizada em Genebra, Jašarević expressou a esperança de que o novo presidente dos EUA, Joe Biden, possa reconsiderar essa decisão e que haja um diálogo construtivo, que beneficie não apenas os americanos, mas também as pessoas ao redor do mundo. A retirada dos Estados Unidos ocorreu logo após a posse de Biden, em 20 de janeiro de 2021.
Essa decisão de se retirar da OMS não é inédita, uma vez que o governo anterior, sob a liderança de Donald Trump, formalizou a saída em julho de 2020. A alegação na época foi de má gestão da pandemia de COVID-19, especialmente em relação ao surgimento do vírus na China, e críticas à falta de reformas na organização. Além disso, Trump acusou a OMS de ser suscetível à influência política de seus membros, o que teria afetado a capacidade da entidade em agir de forma independente e eficiente durante a crise de saúde global.
Na mesma linha de ações executivas que marcaram seu primeiro dia de mandato, o ex-presidente Trump também anunciou a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris, refletindo um distanciamento de compromissos globais em diversas áreas. A decisão de deixar a OMS gerou controvérsias, principalmente em um momento de crescente crise sanitária mundial, e agora, com a nova administração, as autoridades internacionais aguardam uma possível reavaliação dessa postura.