A Organização Mundial da Saúde (OMS) enfrentará uma situação financeira mais difícil após o anúncio dos Estados Unidos de que se retirariam da organização. A decisão foi divulgada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, no início de seu segundo mandato, e apontou críticas à gestão da pandemia de COVID-19 pela OMS. Essa saída, prevista para ocorrer em 2026, representa uma perda significativa de recursos financeiros, já que os EUA são o maior contribuinte da OMS, com cerca de 18% do orçamento total.
Em resposta a essa mudança, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, comunicou à equipe da organização que serão implementadas medidas de austeridade, como cortes nas despesas com viagens e interrupção do recrutamento. Essas ações fazem parte de um esforço para lidar com as consequências financeiras da saída dos EUA. O novo orçamento bienal da OMS, que abrange o período de 2024-2025, é de US$ 6,8 bilhões, o que torna ainda mais relevante o impacto da perda da contribuição americana.
Além dos cortes orçamentários, a OMS também revisará seus programas de saúde, priorizando áreas mais urgentes e que não dependam tanto do financiamento externo. Especialistas alertam que a saída dos EUA pode abrir espaço para outros países, como a China, ganharem influência dentro da organização. A OMS, no entanto, espera que essa decisão seja revista antes da data de retirada prevista para 2026.