A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que será necessário um investimento de pelo menos US$ 10 bilhões para restaurar o sistema de saúde na Faixa de Gaza, que foi gravemente afetado pelo conflito. De acordo com o representante da OMS nos territórios palestinos, Rik Peeperkorn, mais de US$ 3 bilhões são necessários apenas para o setor de saúde nos primeiros 18 meses após o cessar-fogo. A situação é crítica, com menos da metade dos hospitais da região em funcionamento, o que intensifica as dificuldades no atendimento à população.
A OMS saudou a trégua entre Israel e o Hamas como um passo positivo, embora o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, tenha enfatizado que o acordo chegou tarde demais para muitas vítimas do conflito. Tedros destacou que, apesar de ser um alívio, o cessar-fogo deve ser implementado sem demora, caso as partes envolvidas estejam comprometidas com a paz, pois essa é a melhor solução para os problemas enfrentados pela população.
Embora a OMS esteja pronta para expandir sua ajuda humanitária, a organização alertou para os obstáculos políticos e de segurança que dificultam a entrega de assistência de forma rápida e sem restrições. A entidade enfatizou a necessidade de superar esses desafios para garantir que a ajuda chegue efetivamente às pessoas em Gaza, para que a recuperação da região possa começar o quanto antes.