O Palácio do Planalto iniciou, nesta segunda-feira (6), a reintegração de obras de arte danificadas durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. As peças restauradas, que incluem o quadro “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, e a escultura “O Flautista”, de Bruno Giorgi, voltam a fazer parte do acervo governamental em uma cerimônia marcada para quarta-feira (8), data que comemora os dois anos dos ataques. A restauração foi realizada com o apoio de técnicos e da Universidade Federal de Pelotas, além de um acordo internacional para recuperar o relógio histórico destruído, que foi restaurado na Suíça.
No Supremo Tribunal Federal (STF), também haverá um evento semelhante no mesmo dia, com a apresentação de novas obras que simbolizam a reconstrução da sede da Corte, após os danos causados pelos invasores. Entre as peças destacam-se o “Manto da Democracia”, uma obra de Valéria Pena-Costa que incorpora a participação de 60 mulheres, e uma pintura de Carppio de Morais, que faz referência ao luto e à diversidade do Brasil. Além disso, esculturas e outras obras feitas a partir de materiais recuperados dos destroços do STF serão entregues ao ministro Edson Fachin.
Esses atos de reintegração e restauro não apenas marcam a recuperação física das instituições, mas também simbolizam a resiliência da democracia brasileira diante de ataques que visaram minar a estabilidade do país. As peças restauradas, tanto no Planalto quanto no STF, são vistas como representações artísticas da resistência e da reconstrução das estruturas democráticas, com o apoio de artistas e profissionais envolvidos no processo de recuperação.