O Palácio do Planalto começou a reintegrar obras de arte que foram danificadas durante os atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023. Nesta segunda-feira (6), três peças restauradas chegaram ao local, incluindo o quadro “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, e a escultura “O Flautista”, de Bruno Giorgi, que foi completamente destruída. As obras fazem parte de um total de 21 peças que foram restauradas no Palácio da Alvorada, enquanto o relógio histórico do século XVII foi recuperado na Suíça. O processo de restauração foi conduzido com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e de restauradores da Universidade Federal de Pelotas.
No Supremo Tribunal Federal (STF), também será realizada uma cerimônia de reintegração das obras danificadas, como parte de um esforço simbólico de reconstrução. A principal obra apresentada será “Manto da Democracia”, criada pela artista Valéria Pena-Costa, em colaboração com 60 mulheres, representando um ato de solidariedade e força. Além disso, o artista Carppio de Morais criou uma pintura sobre a Constituição Federal, simbolizando a resistência e a diversidade do Brasil. A cerimônia ocorrerá no dia 8 de janeiro, marcando dois anos após os ataques à sede da Corte.
As obras no STF também envolvem a participação de outros artistas, como Mário Jardim e Marilu Cerqueira, que buscaram ressignificar materiais oriundos da destruição. As peças, que incluem fragmentos de vidros e pedras, representarão o processo de recuperação e a preservação dos valores democráticos. Durante o evento, as obras serão entregues ao ministro Fachin, como um marco da reconstrução das instituições e da resistência à violência que afetou o país.