Em memória aos dois anos dos ataques de 8 de janeiro, o Palácio do Planalto abrirá uma exposição com 16 obras de arte restauradas, a partir de quinta-feira (9). A mostra, intitulada “8 de janeiro: restauração e democracia”, ficará no térreo do Palácio e incluirá registros dos processos de recuperação das peças danificadas. A curadoria é de Lauer Santos, com a contribuição de fotógrafos como Nauro Júnior e Mariana Alves, além do trabalho do Laboratório de Conservação e Restauração de Pinturas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
As restaurações ocorreram em um laboratório montado no Palácio da Alvorada e envolveram uma equipe multidisciplinar composta por 50 profissionais, incluindo professores e alunos de universidades federais, conservadores-restauradores e especialistas em fotografia e audiovisual. O custo total do trabalho foi de aproximadamente R$ 2,2 milhões, o que inclui o valor das oficinas de educação patrimonial. Ao todo, 21 itens foram restaurados, resultando em um esforço coletivo para preservar a história e a memória cultural do país.
A exposição, que tem duração prevista de 30 dias, foi organizada por uma parceria entre a Diretoria Curatorial dos Palácios Presidenciais, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a UFPel. O evento busca refletir sobre o processo de recuperação do patrimônio e sua importância para a democracia e a preservação da arte brasileira.