O Palácio do Planalto começou a receber, no dia 6 de janeiro de 2025, as obras de arte que foram danificadas durante os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. As peças restauradas serão oficialmente reintegradas ao acervo do governo durante uma cerimônia marcada para o dia 8 de janeiro, quando se completarão dois anos dos eventos. Entre as obras restauradas estão o quadro “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, e uma escultura de Frans Krajcberg. Além disso, o relógio Balthasar Martinot Boulle, destruído pelos extremistas, foi recuperado na Suíça e será levado ao Palácio do Planalto.
O processo de restauração das obras foi realizado em um laboratório montado no Palácio da Alvorada, com a ajuda do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e uma equipe de restauradores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O trabalho inclui a recuperação de peças significativas, como a escultura e o quadro de Di Cavalcanti, que simbolizam a importância da arte e da memória histórica na reconstrução das instituições democráticas. O evento de reintegração das obras será uma importante manifestação de resiliência.
No Supremo Tribunal Federal (STF), também ocorrerá, em 8 de janeiro, a entrega de novas obras de arte que simbolizam a recuperação da Corte após os ataques. Entre elas, destaca-se a “Manto da Democracia”, de Valéria Pena-Costa, que envolveu a participação de 60 mulheres. As obras abordam temas como a solidariedade, a diversidade do Brasil e a importância da democracia, além de fazerem referência ao processo histórico do país. As peças, que resultam da ressignificação de materiais provenientes da destruição do STF, serão entregues ao ministro Fachin e simbolizam a continuidade e integridade das instituições democráticas.