Em 6 de janeiro de 2021, durante a sessão de certificação dos votos do Colégio Eleitoral no Congresso dos Estados Unidos, apoiadores do então presidente invadiram o Capitólio, interrompendo o processo e gerando um episódio de violência sem precedentes na história recente do país. A invasão, liderada por manifestantes que contestavam os resultados das eleições de 2020, resultou em danos materiais significativos, incluindo a destruição de objetos históricos e documentos oficiais. O ataque levou à morte de cinco pessoas, incluindo um policial, e deixou mais de 140 agentes de segurança feridos.
Esse evento gerou um debate profundo sobre a estabilidade institucional dos Estados Unidos e levantou preocupações sobre a integridade do processo democrático. A invasão do Capitólio é vista por especialistas como uma tentativa de subverter os resultados eleitorais e um marco que abriu um perigoso precedente para a contestação de pleitos transparentes. Para muitos analistas, o ocorrido foi um reflexo da crescente polarização política no país e de uma crise de confiança nas instituições democráticas. A reação do governo, que se arrastou por horas até um pronunciamento público sobre a violência, também gerou críticas sobre a resposta das autoridades.
As consequências legais foram imediatas, com mais de 1.400 pessoas sendo acusadas por envolvimento no ataque. Algumas figuras notórias do evento, como o conhecido “QAnon Shaman”, receberam sentenças de prisão. O impacto do episódio ainda reverbera no cenário político americano, com discussões sobre possíveis perdões e a implicação de um processo judicial envolvendo o ex-presidente. O incidente de 2021 permanece como um marco importante, que trouxe à tona desafios e tensões em relação à democracia e ao respeito ao processo eleitoral nos Estados Unidos.