O número de praias classificadas como impróprias para banho no estado de São Paulo aumentou de 38 para 51, conforme dados divulgados pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). O levantamento atualizado na quinta-feira (9) revelou que a Baixada Santista, especialmente os municípios de Praia Grande e Itanhaém, apresentaram o maior número de novas praias fora dos padrões de qualidade da água. A classificação de imprópria ocorre quando as amostras de água apresentam mais de 100 colônias de bactérias fecais a cada 100 ml, um parâmetro avaliado durante cinco semanas consecutivas.
O aumento no número de praias inadequadas para banho acontece em meio a um surto de gastroenterite, que teve início em dezembro de 2024 na região. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, o norovírus foi detectado nas fezes de moradores de Guarujá e Praia Grande. Este vírus, altamente contagioso e transmitido por via oral-fecal, é responsável por causar diarreia, vômitos e, em alguns casos, febre alta, e tem gerado mais de 11 mil casos de virose em cidades do litoral paulista.
Após a classificação das praias como impróprias, as áreas afetadas são sinalizadas com bandeiras vermelhas, alertando os banhistas sobre os riscos de contato com a água do mar. A CETESB realiza o monitoramento contínuo da qualidade da água, com pontos de coleta em diversas praias. A lista atualizada inclui locais de popularidade turística, como Santos, Guarujá, São Sebastião e Praia Grande, além de outras praias de municípios litorâneos da região.