A partir de 1º de janeiro de 2025, o salário mínimo no Brasil foi reajustado para R$ 1.518, um aumento de R$ 106 em relação ao valor anterior de R$ 1.412. Esse reajuste reflete a correção de 4,84% pela inflação dos últimos 12 meses, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de novembro de 2024, além de um ganho real de 2,5%. O novo valor segue as diretrizes da nova regra fiscal aprovada pelo Congresso Nacional, que prevê aumentos futuros de 0,6% a 2,5% até 2030, dependendo do desempenho da economia.
A mudança na política de reajuste do salário mínimo tem implicações diretas sobre cerca de 59 milhões de brasileiros, incluindo trabalhadores formais, domésticos, autônomos e beneficiários de programas sociais como o INSS, o seguro-desemprego e o abono salarial. A medida também afeta a despesa pública, especialmente os gastos com aposentadorias, pensões e benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), impactando milhões de cidadãos.
Com a nova regra, o governo estima uma economia de R$ 110 bilhões até 2030, sendo R$ 2 bilhões já projetados para 2025. Entre 2003 e 2017, o Brasil registrou um ganho real acumulado de 77% no salário mínimo, mas essa política foi suspensa de 2018 a 2022. O salário mínimo no país foi criado em 1936, durante o governo de Getúlio Vargas, e continua a ser uma importante referência para a economia e para a população mais vulnerável.