O novo presidente da Câmara dos Deputados enfrentará a decisão sobre o andamento de um projeto de lei que propõe a redistribuição das vagas de deputados entre os estados, com base nas mudanças populacionais apontadas pelo Censo de 2023. A proposta afeta 14 estados e visa corrigir distorções, uma vez que a Constituição estabelece que a quantidade de deputados deve ser proporcional à população, com um mínimo de oito parlamentares por estado. Desde a definição das bancadas em 1993, não houve atualizações, embora as variações populacionais do Censo exijam ajustes.
O Supremo Tribunal Federal determinou que o Congresso Nacional finalize a redistribuição até junho de 2025. Com base nos dados do Censo, estados como Pará e Santa Catarina veriam um aumento de representantes, enquanto o Rio de Janeiro perderia quatro deputados. Em resposta, alguns parlamentares sugerem uma possível ampliação do número total de cadeiras na Câmara, argumentando que a população brasileira cresceu desde a última definição do número de deputados.
Apesar da resistência de parlamentares de estados que perderiam cadeiras, a Comissão de Constituição e Justiça já aprovou a realização de uma audiência pública sobre o tema. A criação de um grupo de trabalho para discutir a questão, como prometido por alguns líderes, tem gerado esperanças de que os estados com redução populacional possam reverter a perda de representantes nas próximas eleições. As mudanças nas bancadas estariam relacionadas a ajustes em 14 estados, com perdas e ganhos significativos para diversos estados do país.