A farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk está tentando estender a patente do medicamento Ozempic, que deve expirar em julho de 2026 no Brasil. A empresa busca garantir a exclusividade na produção e comercialização do medicamento, que é amplamente utilizado no controle de peso. Entretanto, com a iminente expiração da patente, outras farmacêuticas brasileiras, como EMS e Biomm, estão se preparando para lançar versões similares à base de semaglutida, o princípio ativo do Ozempic.
A Novo Nordisk alega que a legislação brasileira foi aplicada de forma inadequada no caso do Ozempic, pois a patente foi concedida 13 anos após o pedido no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A empresa já recorreu à Justiça, mas teve sua solicitação de prorrogação até 2036 negada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que declarou inconstitucional a extensão de patentes com base na legislação anterior. Isso abriu caminho para concorrentes que já buscam alternativas ao medicamento.
Com a possibilidade de queda nos preços devido à entrada de novos concorrentes, espera-se que o tratamento com semaglutida se torne mais acessível aos consumidores. Atualmente, o Ozempic é comercializado por valores que variam entre R$ 700 e R$ 1.000, e as novas versões prometem reduzir os custos do tratamento. As movimentações no mercado indicam um cenário de maior competitividade e maior acesso ao medicamento no Brasil nos próximos anos.