O Ministério da Saúde do Governo Federal anunciou que Presidente Prudente (SP) está entre as primeiras cidades brasileiras a implementar o método Wolbachia, como parte de uma nova fase de combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Desenvolvido em parceria com a Fiocruz e o World Mosquito Program, o método consiste na introdução de uma bactéria chamada Wolbachia, que impede a transmissão dos vírus pelo mosquito, tornando-o menos eficiente na disseminação das doenças.
Atualmente, Presidente Prudente se encontra na fase de engajamento comunitário, com equipes do projeto informando a população local sobre o processo e os benefícios do método. O Ministério da Saúde tem como meta expandir o uso da Wolbachia para 40 cidades em 2025, com o objetivo de alcançar até 5 milhões de pessoas em várias regiões do Brasil. A tecnologia, que já beneficiou cidades como Londrina, Joinville e Rio de Janeiro, visa não apenas combater as arboviroses, mas também ser implementada de forma permanente, integrando as estratégias de controle do mosquito.
As biofábricas são fundamentais para o processo, sendo responsáveis pela produção dos mosquitos infectados com a bactéria. Já existem unidades em cidades como Rio de Janeiro e Belo Horizonte, e novas biofábricas estão sendo construídas em Presidente Prudente, Natal e Uberlândia. Importante destacar que os mosquitos liberados não são transgênicos e não transmitem doenças, garantindo que o método seja seguro tanto para o meio ambiente quanto para a saúde humana. Com isso, o Brasil espera uma solução autossustentável e eficaz para o controle das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.