O governo de Donald Trump, ao assumir seu segundo mandato, reforçou as promessas de endurecimento das regras de imigração, incluindo medidas polêmicas, como a retirada da cidadania automática para filhos de imigrantes ilegais nascidos nos Estados Unidos. Essas novas ordens executivas geraram reações imediatas, com organizações e juristas argumentando que mudanças nas políticas de imigração podem ser inconstitucionais, citando o direito ius solis, que garante cidadania a qualquer pessoa nascida em território norte-americano.
Entre as medidas adotadas, destacam-se a declaração de emergência nas fronteiras e a imposição de regras mais rígidas para pedidos de asilo. Essas ações preocupam especialmente a comunidade de imigrantes brasileiros nos Estados Unidos, já que muitos enfrentam a possibilidade de deportação. Estima-se que mais de 230 mil brasileiros estejam em situação irregular no país, o que pode intensificar os temores sobre a viabilidade do “sonho americano” para muitos.
Por outro lado, a administração Trump também busca atrair profissionais qualificados, especialmente da área de tecnologia, com a criação de vistos para imigrantes especializados. A proposta visa atrair talentos para fortalecer a economia, o que poderia beneficiar empresas e investidores estrangeiros, incluindo brasileiros com potencial para expandir seus negócios nos Estados Unidos. Contudo, a situação continua a gerar incertezas, com muitos especialistas alertando para os desafios práticos e legais que essas políticas podem enfrentar nos tribunais.