A Nasa está considerando duas novas estratégias para retornar amostras de Marte à Terra até a década de 2030, após o programa original de retorno, em parceria com a Agência Espacial Europeia, ter sido considerado financeiramente e logisticamente complexo. A missão inicial, que poderia custar até US$ 11 bilhões, enfrentou um grande atraso no cronograma, com o retorno das amostras agora previsto para 2040. As novas propostas visam reduzir custos, simplificar o processo e trazer as amostras de volta em 2035 ou até 2039, com valores estimados entre US$ 5,5 bilhões e US$ 7,7 bilhões.
A missão Mars Sample Return, que envolve a coleta de rochas e poeira marciana pelo rover Perseverance, tem o objetivo de estudar a possibilidade de vida passada em Marte. A complexidade do retorno dessas amostras ao nosso planeta reside no desafio do pouso em Marte, cuja atmosfera fina dificulta a utilização de sistemas convencionais de desaceleração. As novas opções de pouso incluem o uso de tecnologias já empregadas, como o sistema sky crane, e parcerias com empresas comerciais, como SpaceX e Blue Origin, para criar soluções mais econômicas.
As duas estratégias propostas mantêm a necessidade de um veículo de ascensão marciano (Mars Ascent Vehicle) para coletar as amostras e lançá-las de volta ao espaço, onde se encontrariam com um orbitador que as traria à Terra. A Nasa continuará trabalhando nos detalhes de engenharia dessas opções, que têm o potencial de transformar a compreensão científica sobre Marte, ao mesmo tempo em que preparam a exploração humana do planeta vermelho. A missão poderá também abrir novas perspectivas sobre o sistema solar e a vida fora da Terra.