A cidade de Nova York implementou, pela primeira vez nos Estados Unidos, uma taxa de congestionamento para veículos que entram nas áreas mais movimentadas de Manhattan. A medida, que enfrentou atrasos e disputas legais, busca reduzir o tráfego em até 20% e arrecadar cerca de US$ 15 bilhões para melhorias no transporte público. Durante os horários de pico, motoristas pagam US$ 9, enquanto taxas menores são cobradas fora desses períodos. Veículos de maior porte, como caminhões, enfrentam tarifas mais altas, chegando a US$ 21,60.
A iniciativa segue exemplos de cidades como Londres, Estocolmo e Cingapura, visando incentivar o uso do transporte público e alterar padrões de entrega para horários noturnos. Estima-se que a medida possa reduzir em até 80 mil o número de veículos que circulam diariamente na região tarifada. Além disso, um sistema com 1.400 câmeras foi instalado para monitorar o tráfego e ajustar as políticas com base em dados coletados.
A taxa busca combater o impacto econômico do congestionamento, que foi estimado em US$ 9,1 bilhões por ano, e melhorar a segurança no trânsito, que resultou em 252 fatalidades em 2024. Apesar de sua estreia, o plano enfrenta desafios legais, incluindo preocupações de Nova Jersey sobre os impactos ambientais e de tráfego na região. A cobrança também foi criticada por seu impacto no custo de vida, mas é vista como um passo em direção a uma cidade mais eficiente e sustentável.