A nova legislação sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva proíbe o uso de celulares nas escolas públicas e privadas, tanto em salas de aula quanto durante os intervalos. A medida, que visa combater as distrações e promover maior interação entre os alunos, já é realidade em algumas regiões, como no Rio de Janeiro e no Ceará, onde legislações similares estavam em vigor. A exceção à proibição ocorre quando o uso do celular é autorizado para fins pedagógicos pelos professores, visando integrar a tecnologia ao processo de ensino.
O impacto da medida tem sido discutido por diversos especialistas e autoridades da educação. No Rio de Janeiro, a restrição já demonstrou resultados positivos, com relatos de maior interação entre os estudantes nos recreios. No Ceará, embora a lei existisse desde 2008, a fiscalização do uso de celulares nas escolas ainda enfrentava dificuldades. Após a sanção da lei federal, as autoridades locais orientaram as escolas a revisar seus regimentos e aplicar a nova normativa com conscientização e acompanhamento, incluindo ações educativas sobre o uso responsável da tecnologia.
Apesar dos benefícios aparentes, a implementação da lei enfrenta desafios, principalmente no que diz respeito à infraestrutura das escolas e à gestão do comportamento dos alunos. Em escolas com turmas grandes e falta de recursos, os professores encontram dificuldades para garantir o cumprimento da norma. Além disso, questões relacionadas ao manuseio dos celulares, como danos aos aparelhos, também geram preocupações. A regulamentação final da lei está prevista para ser publicada em breve, e espera-se que ela traga diretrizes claras para facilitar a sua aplicação no início do ano letivo.