A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) autorizou uma nova empresa a realizar a travessia de veículos pesados pelo rio Tocantins, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Este serviço será necessário devido ao desabamento da ponte JK em dezembro de 2024, que resultou na morte de 14 pessoas e deixou outras três desaparecidas. A operação está prevista para iniciar em até 30 dias, com a empresa LN Moraes Logística LTDA, que vai cobrar tarifas para o transporte de caminhões e ônibus. A travessia atual é limitada ao transporte de passageiros em barcos particulares, com tarifas cobradas diretamente dos usuários.
A autorização para a nova empresa aconteceu após uma série de problemas administrativos e atrasos relacionados à empresa anterior, PIPES Empreendimentos LTDA, contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A PIPES enfrentou obstáculos, como a falta de documentação necessária para o funcionamento das balsas e a construção dos acessos às margens do rio. A Marinha também havia reportado problemas no processo de liberação. A LN Moraes, por sua vez, está com balsas em deslocamento para a região e se comprometeu a iniciar as operações dentro do prazo estabelecido.
O acidente ocorrido em dezembro de 2024, quando o vão central da ponte JK cedeu, gerou uma série de buscas e resgates. Vários corpos foram encontrados ao longo de semanas, e as investigações sobre a causa do desabamento continuam em andamento. A Polícia Federal também está apurando a responsabilidade pelo incidente. Enquanto isso, motoristas da região têm utilizado rotas alternativas, já que a ponte está completamente interditada. A nova travessia por balsas visa amenizar o impacto no transporte entre os estados.