O norovírus, responsável pelo recente surto de virose na Baixada Santista, é altamente resistente ao álcool em gel, pois não possui o envelope lipídico que outros vírus, como o coronavírus, têm. Isso significa que, mesmo após o uso de álcool em gel, o norovírus pode permanecer ativo nas mãos, o que aumenta o risco de transmissão. A principal forma de eliminação do vírus é a lavagem das mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos, uma medida que remove fisicamente o vírus da pele, ao contrário do álcool, que não é eficaz devido à proteção do vírus por um capsídeo proteico.
Especialistas explicam que, apesar da eficácia limitada do álcool em gel, ele pode ser utilizado como complemento à lavagem das mãos, mas não substitui o processo de limpeza mecânica necessário para eliminar o vírus. O norovírus, um agente causador de gastroenterite, espalha-se facilmente, especialmente em locais públicos como praias, onde a proximidade com ambientes contaminados, como alimentos e águas, facilita sua transmissão. Embora a doença seja autolimitada e os sintomas durem entre 3 e 7 dias, é importante adotar medidas preventivas, como a higienização constante das mãos, para evitar o contágio.
A água e o sabão são essenciais na prevenção da propagação do norovírus, mas a infecção pode continuar ativa quando o esgoto contaminado chega a ambientes como praias, aumentando os riscos à saúde pública. O vírus transmite-se principalmente por via oral, por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados, mas também pode ser disseminado em ambientes fechados através do contato com superfícies ou mãos contaminadas. Por isso, as autoridades de saúde alertam para a importância de medidas de higiene rigorosas, tanto em locais públicos quanto em ambientes domésticos.