O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez seu primeiro pronunciamento desde a aprovação do cessar-fogo em Gaza, destacando que o país pode retomar a guerra caso as negociações com o Hamas falhem. A trégua, que entrará em vigor no domingo, prevê a libertação de reféns e prisioneiros, com a troca de três reféns israelenses por quase dois mil prisioneiros palestinos. Netanyahu afirmou que o cumprimento do acordo é crucial, mas que Israel mantém o direito de agir caso as condições sejam desrespeitadas.
No âmbito da trégua, a expectativa é de que o Hamas libere três reféns na manhã de domingo, e outros 30 ao longo das próximas semanas. Esses reféns serão entregues à Cruz Vermelha, que os conectará com as autoridades israelenses. Em troca, o Hamas exigirá a libertação de prisioneiros palestinos, alguns deles condenados por crimes graves. A ONU e organizações humanitárias aguardam a permissão para enviar ajuda vital para Gaza, incluindo alimentos, água e medicamentos.
No entanto, o acordo gerou divisões internas em Israel. O ministro da Segurança Nacional, que defende a continuidade da guerra até a rendição do Hamas, anunciou sua saída do governo em protesto. Além disso, novos ataques e incidentes violentos marcaram a véspera do cessar-fogo, reforçando a sensação de incerteza sobre a duração e eficácia da trégua. A população israelense e palestina vive um momento de esperança misturado com a cautela em relação ao futuro do acordo.