Negociadores internacionais estão reunidos no Catar para finalizar um plano de cessar-fogo que pode pôr fim aos intensos conflitos em Gaza, com a esperança de resolver a crise humanitária e a troca de reféns entre Israel e o Hamas. O presidente dos EUA, Joe Biden, indicou que um acordo de cessar-fogo e a liberação de prisioneiros estão próximos, após um avanço significativo nas negociações na noite de segunda-feira (13). A mediação envolve representantes dos governos dos EUA, de Israel, do Hamas e do Catar, com a presença de enviados de Biden e do ex-presidente Donald Trump.
O acordo proposto inclui a libertação de 33 reféns na primeira fase das negociações, com Israel liberando gradualmente algumas de suas forças militares. O Hamas, por sua vez, deve liberar prisioneiros palestinos, com a previsão de que mil detidos sejam libertados em um período de 60 dias. A proposta busca interromper a violência, aliviar a situação humanitária em Gaza e garantir a segurança de Israel. Caso seja bem-sucedido, o cessar-fogo pode durar um ano, com negociações intercaladas entre períodos de pausa e retomada de ações.
Se concluído, o acordo poderia ter um impacto significativo, não apenas no fim dos combates em Gaza, mas também no alívio das tensões em outras partes do Oriente Médio, onde a guerra em Gaza tem repercutido, exacerbando conflitos na Cisjordânia, Líbano, Síria e além. Além disso, ele visa evitar uma escalada mais ampla que envolva outros países da região, incluindo o Irã. A expectativa é que o acordo finalize as negociações nesta terça-feira (14), com o foco na recuperação de reféns e na distribuição de ajuda humanitária para os afetados pelo conflito.