Nesta segunda-feira, 13 de janeiro de 2025, mediadores dos Estados Unidos e de países árabes avançaram nas negociações para um cessar-fogo em Gaza, com foco na libertação de reféns. O acordo, segundo autoridades americanas, poderia ser fechado até o final da semana. A primeira fase da trégua envolveria a libertação de 33 reféns israelenses pelo Hamas. Contudo, as negociações não foram simples, e o processo já fracassou várias vezes desde o início da guerra em outubro de 2023, quando o Hamas iniciou a ofensiva contra Israel, resultando na morte de mais de mil pessoas.
Apesar das dificuldades, os mediadores, incluindo enviados dos EUA e representantes do Catar, estão pressionando ambas as partes para chegar a um entendimento. O principal obstáculo ainda é a proposta israelense de uma zona-tampão em Gaza, que gerou divergências com o Hamas. Enquanto Israel exige uma zona de mais de 2 mil metros, o Hamas busca que ela tenha apenas 500 metros, para permitir o retorno dos deslocados. Além disso, o Hamas exige o fim completo das hostilidades, um ponto em que as negociações ainda não avançaram.
O governo israelense se mantém dividido sobre a possibilidade de um cessar-fogo duradouro, com o primeiro-ministro sinalizando que está disposto a negociar apenas a primeira fase, que incluiria a liberação de reféns e a interrupção temporária dos combates. Enquanto isso, as famílias dos reféns aguardam ansiosamente uma resolução, e o governo de Israel descarta a ideia de incluir demandas adicionais, como a entrega de corpos de líderes do Hamas, nas negociações. A pressão para alcançar um acordo antes da posse do novo presidente dos EUA, marcada para o dia 20 de janeiro, é alta.