As eleições para as presidências da Câmara e do Senado, marcadas para 1º de fevereiro, não definirão apenas os presidentes, mas também os ocupantes de diversos cargos nas respectivas Mesas das Casas. Além dos presidentes, os parlamentares escolherão vice-presidentes e secretários, funções que desempenham papéis administrativos e políticos importantes, como o controle de despesas, passaportes diplomáticos e até a análise de representações disciplinares. As negociações para a formação dessas mesas envolvem o tamanho dos partidos e acordos firmados entre as legendas que apoiam os candidatos.
Na Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) já tem ampla maioria para a presidência, com apoio de praticamente todos os partidos. Os principais cargos em disputa são a 2ª vice-presidência, pleiteada por União Brasil e PP, e a 2ª Secretaria, que envolve questões como passaportes diplomáticos. O PT, por sua vez, assumirá a 1ª Secretaria, que cuida das despesas da Casa, enquanto outras funções administrativas seguem indefinidas. A distribuição dos cargos depende de acertos entre os partidos e da escolha de lideranças nas próximas semanas.
No Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) deve ser eleito presidente com grande apoio. O PL ficará com a 1ª vice-presidência, enquanto o PT ocupará a 2ª vice-presidência. A 1ª Secretaria será do PSD, e o PP ficará com a 4ª Secretaria. As negociações também envolvem a presidência da Comissão Mista de Orçamento, com uma disputa acirrada entre o MDB e União Brasil. A definição dos cargos também pode ser influenciada pela reforma ministerial do governo federal, com partidos bem contemplados na Esplanada podendo ter que abrir mão de espaços no Congresso.