As negociações entre Israel e o Hamas para um cessar-fogo em Gaza estão em andamento, com foco na liberação de reféns em troca de prisioneiros palestinos e no aumento da ajuda humanitária. As discussões, que ocorrem em Doha, no Catar, estão sendo mediadas por autoridades dos EUA, do Catar e do Egito. Embora o progresso seja reconhecido, ainda existem divisões tanto dentro do governo israelense quanto entre as lideranças do Hamas, o que torna um acordo definitivo incerto. As negociações buscam alcançar um avanço até a posse de Donald Trump, marcada para a próxima segunda-feira, 20, com a esperança de finalizar os detalhes do acordo nas últimas horas do governo de Joe Biden.
Entre os pontos mais complexos está o desacordo sobre a definição do fim da guerra, iniciada em outubro de 2023, com a invasão do Hamas a Israel e a consequente resposta militar israelense. Israel insiste na destruição do Hamas como condição para qualquer cessar-fogo, enquanto o Hamas exige o fim imediato do conflito como parte de qualquer acordo. Além disso, o plano inclui questões como a realocação de tropas israelenses, o retorno de civis palestinos a algumas áreas de Gaza e a distribuição de ajuda humanitária, mas ainda não há consenso sobre os detalhes.
As negociações incluem a possibilidade de uma troca parcial de prisioneiros palestinos, com foco em prisioneiros de longa pena, além de uma primeira fase de cessar-fogo de seis semanas. Apesar dos desafios, o otimismo persiste, embora com cautela, dado o histórico de falhas nas tentativas de acordo. Israel está sob pressão interna, com membros de sua coalizão se opondo à liberação de prisioneiros palestinos violentos, o que pode complicar ainda mais as negociações em andamento.