As negociações para um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns entre Israel e o Hamas avançaram significativamente, após uma série de discussões em Doha, no Catar. O progresso foi impulsionado por conversas envolvendo representantes de Israel, dos Estados Unidos e do Catar, logo após uma ligação entre o presidente americano e o primeiro-ministro israelense. A Casa Branca reiterou a importância de um cessar-fogo imediato, com a devolução dos reféns e a facilitação de ajuda humanitária como parte do acordo. As autoridades dos EUA buscam uma resolução antes da posse do novo presidente, em janeiro.
As negociações também foram acompanhadas de declarações do governo israelense, que ressaltou o esforço para garantir um acordo que encerrasse o conflito e permitisse a liberação dos reféns ainda mantidos. Enquanto isso, o Hamas indicou que as conversas estão avançando em torno de questões centrais para o cessar-fogo, com a expectativa de uma conclusão em breve. Aproximadamente 100 reféns israelenses permanecem nas mãos do grupo, desde os ataques de outubro de 2023, enquanto as autoridades palestinas reportam mais de 46 mil mortos na Faixa de Gaza, onde a situação humanitária se agrava.
Além dos esforços em Gaza, Israel continua suas operações militares em outras frentes, como o Líbano, onde realizou ataques aéreos contra alvos do Hezbollah. A trégua entre Israel e o grupo libanês, que entrou em vigor em novembro de 2023, tem sido violada em várias ocasiões, com o Exército israelense afirmando ter atacado rotas de contrabando de armas. O cessar-fogo vigente estabelece prazos para a retirada de tropas israelenses e o desmantelamento da infraestrutura militar do Hezbollah no sul do Líbano, com o monitoramento da ONU sobre as violações.