A necessidade líquida de financiamento do Governo Geral, que abrange o Governo Central, Estados e municípios, atingiu 7,6% do PIB no terceiro trimestre de 2024, um aumento de 0,9 ponto em relação ao mesmo período do ano anterior. O Governo Central foi responsável por 6,2% desse total, enquanto os Estados e municípios financiaram 0,7% do PIB cada. Esses dados fazem parte do boletim de estatísticas fiscais divulgado pelo Tesouro Nacional em 28 de janeiro.
A arrecadação do Governo Geral apresentou um crescimento de 0,9 ponto porcentual do PIB, passando de 35,8% para 36,7% do PIB, impulsionada principalmente por um aumento nos impostos sobre bens e serviços. No entanto, o crescimento das receitas foi menor do que o das despesas, que avançaram 1,78 ponto, chegando a 44,3% do PIB. A maior parte desse aumento nas despesas foi vinculada ao uso de bens e serviços, especialmente pelos governos estaduais e municipais, além de um crescimento nas despesas com benefícios previdenciários e assistenciais.
A arrecadação do Governo Central foi especialmente impactada pelo aumento nos impostos PIS e Cofins, devido a mudanças nas bases de cálculo e a reoneração, como as previstas na Lei nº 14.592/2023 e na MP nº 1.163/2023. Além disso, o crescimento das vendas e serviços, bem como o aumento das importações, também contribuiu para o aumento da arrecadação. Por outro lado, as despesas com benefícios, como os previdenciários, também registraram aumento, refletindo fatores como a antecipação de pagamentos de precatórios ao Rio Grande do Sul.