A necessidade líquida de financiamento do Governo Geral, que inclui o Governo Central, Estados e municípios, chegou a 7,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2024, representando um aumento de 0,9 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2023, quando o financiamento foi equivalente a 6,7% do PIB. O Governo Central, por sua vez, precisou de 6,2% do PIB, enquanto os Estados e municípios tiveram que financiar 0,7% do PIB cada um.
A arrecadação do Governo Geral apresentou um aumento de 0,9 ponto percentual, subindo de 35,8% para 36,7% do PIB. No entanto, o crescimento das receitas foi inferior ao das despesas, que avançaram 1,78 ponto, alcançando 44,3% do PIB. O aumento nas receitas é atribuído principalmente a um crescimento nos impostos sobre bens e serviços, refletindo alterações na tributação e no comportamento da economia, como o aumento nas vendas, serviços e importações.
Nas despesas, o maior destaque foi o aumento de 0,63 ponto do PIB no uso de bens e serviços, impulsionado especialmente pelos governos estaduais e municipais. Além disso, houve um aumento de 0,30 ponto do PIB nas despesas com benefícios previdenciários e assistenciais, incluindo a antecipação de precatórios para o Rio Grande do Sul. Esses dados refletem um aumento geral nas necessidades de financiamento do governo, principalmente em virtude de um crescimento das despesas em relação às receitas.