O cantor e compositor Carlos Pitta, falecido na terça-feira (7), foi cremado nesta quarta-feira (8) no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador, após não resistir às complicações do diabetes. O músico baiano, de 69 anos, estava internado no Hospital Roberto Santos e foi homenageado por familiares e amigos durante a cerimônia. Entre as músicas tocadas, destacaram-se “Cometa Mambembe”, uma de suas composições mais icônicas. Artistas como Ivete Sangalo, Gilberto Gil, e Margareth Menezes lamentaram sua partida, destacando sua contribuição para a música brasileira e seu papel como mentor para muitos músicos, incluindo Ivete.
Carlos Pitta foi uma figura importante na cena musical da Bahia e do Brasil, com uma carreira de mais de 40 anos. Ele lançou mais de quinze discos e foi responsável por canções que marcaram gerações, como “Cometa Mambembe” e “Rebentão”, que se tornaram sucessos populares. O artista também colaborou com nomes renomados da música brasileira, como Elba Ramalho, Alcione e Caetano Veloso, e levou sua música para diversos países ao longo da carreira. Pitta também era um estudioso da música, tendo cursado Composição e Regência na Universidade Federal da Bahia, além de ter atuado em projetos de cinema.
Natural de Feira de Santana, Pitta começou sua carreira nos anos 1970, destacando-se pela mistura de ritmos nordestinos como o forró e o xote com influências da MPB. Entre os marcos de sua trajetória estão os discos “Águas do São Francisco”, “Coração de Índio” e “A Lenda do Pássaro que Roubou o Fogo”. Além de sua carreira como cantor e compositor, ele também produziu trilhas para filmes e participou de projetos culturais que levaram a música popular brasileira para o interior da Bahia. Sua obra e legado são lembrados com carinho por seus colegas de profissão e admiradores, que consideram sua contribuição à cultura brasileira imensurável.