O Acordo de Paris, assinado em 2015, estabeleceu a meta global de limitar o aquecimento da Terra a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. No entanto, de acordo com dados divulgados pelo Copernicus, programa de observação da Terra da União Europeia, o mundo superou esse limite pela primeira vez em 2024, tornando-se o ano mais quente já registrado. A temperatura média global atingiu 15,10°C, representando um aumento de 1,6°C em relação ao período pré-industrial, com esse desvio ultrapassando o limite de 1,5°C em 11 dos 12 meses de 2024.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) também confirmou essa tendência, indicando que as temperaturas extremas na superfície terrestre e nos oceanos, juntamente com condições climáticas severas, afetaram várias regiões do mundo, resultando em danos à vida humana, à economia e ao meio ambiente. As consequências dessas alterações climáticas já têm causado impactos devastadores, com eventos climáticos extremos destruindo comunidades e prejudicando a agricultura, a infraestrutura e a saúde pública.
O aumento global de temperatura em 2024 não apenas ultrapassou a meta de 1,5°C definida no Acordo de Paris, mas também serviu de alerta sobre a necessidade urgente de ações globais mais eficazes para mitigar as mudanças climáticas. Esse cenário foi integrado à Agenda 2030 da ONU, particularmente ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13, que visa combater as mudanças globais no clima. O evento reforça a urgência de políticas públicas e estratégias para reduzir emissões de gases de efeito estufa e limitar os impactos das mudanças climáticas no futuro.