Em Itaperuna, no Rio de Janeiro, Deolira Gliceira Pedro da Silva, que completa 120 anos em 10 de março, é considerada por seus familiares a mulher mais velha do mundo. A neta de Deolira, Doroteia Ferreira da Silva, declarou à Reuters que, embora ela não conste no Guinness World Records, seus documentos confirmam sua idade e, por isso, acreditam que ela detém o título de pessoa mais velha do planeta. A família está considerando a possibilidade de inscrever Deolira no livro de recordes.
Atualmente com 119 anos, Deolira é cuidada por seus parentes e, apesar da idade avançada, goza de boa saúde, não necessitando de medicação. De acordo com o médico geriatra Juair de Abreu Pereira, a idosa apresenta bons padrões de sono e funções cognitivas preservadas, o que permite uma interação ativa com seus familiares, embora esteja imóvel devido à falta de força muscular. A preservação do sono parece ter sido um dos fatores que ajudaram a manter sua saúde mental.
A família também observa com interesse o recente reconhecimento de outras pessoas idosas no Brasil. Em janeiro, a freira brasileira Inah Canabarro Lucas foi confirmada como a mulher mais velha do mundo, aos 116 anos, e o Brasil também conta com João Marinho Neto, de 112 anos, que foi reconhecido pelo Guinness como o homem mais velho do mundo. O caso de Deolira, portanto, soma-se a uma crescente visibilidade das pessoas centenárias no país, destacando a longevidade como um fenômeno relevante.