A cidade de Tocantinópolis, no extremo norte do Tocantins, implementou um decreto que proíbe a circulação de caminhões acima de 25 toneladas no perímetro urbano, após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. Como alternativa, veículos pesados devem utilizar rotas alternativas, enquanto veículos leves podem seguir pela balsa que conecta o município a Porto Franco (MA). A medida visa preservar a infraestrutura da cidade, que não foi projetada para suportar esse tipo de tráfego pesado. Um caminhão que desrespeitou o decreto foi bloqueado na balsa, impedido de adentrar nas vias urbanas.
O decreto também exclui veículos destinados ao transporte de produtos essenciais, como alimentos e medicamentos, além de permitir o uso da balsa para veículos autorizados pela Prefeitura. A decisão gerou tensão entre a administração local e a Empresa Pipes, responsável pela operação da balsa, que afirmou não ter o poder para impor o bloqueio e que o problema de infraestrutura deveria ser resolvido pelas autoridades competentes, como o DNIT e a Prefeitura. A empresa também ressaltou que a operação da balsa poderia ser suspensa devido ao impasse com as autoridades municipais.
O DNIT, por sua vez, esclareceu que as rotas alternativas para veículos pesados não incluem o trajeto por Tocantinópolis, e destacou problemas administrativos, como a revogação de um contrato de licitação para a travessia, que impactou negativamente a população local. A situação segue indefinida, com a Empresa Pipes aguardando uma solução para retomar as operações sem interferências externas. A Prefeitura de Tocantinópolis, por sua vez, criticou a omissão das autoridades federais e defendeu as medidas tomadas para garantir a segurança e a integridade das vias urbanas.